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Parque dos Príncipes

Espaço dedicado à cobertura do Campeonato Europeu de Futebol de Selecções a decorrer em França de entre 10 de Junho e 10 de Julho

Parque dos Príncipes

Espaço dedicado à cobertura do Campeonato Europeu de Futebol de Selecções a decorrer em França de entre 10 de Junho e 10 de Julho

26
Jun16

França 2 - 1 República da Irlanda: 2 Minutos para o 0-1, 3 para Griezmann Resolver


J.G.

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Mais uma primeira parte miserável da França para depois aparecer forte na 2ª e resolver. Tem sido a história dos organizadores deste Euro.

Hoje, ao fim de 1 minuto de jogo já a Irlanda vencia com Brady a aproveitar um penalti cometido por Pogba. O irlandês acabou o jogo com a Itália como herói e começou este da mesma forma.

Foi o lançamento para uma 1ª parte muito interessante da equipa de O'Neill que até teve perto de aumentar a vantagem com o seu futebol simples, físico e directo.

Sem tirarmos mérito aos irlandeses, há que dizer que Deschamps também se pôs muito a jeito para sofrer desta maneira. Voltou a insistir num 4-3-3 que, definitivamente, não serve à França. Kanté no meio, Pogba mais à esquerda e Matuidi mais à direita, é este o problema que o seleccionador inventa à sua própria equipa porque anula Pogba e Matuidi, expôe em demasia Kanté, que viu amarelo e fica de fora na próxima eliminatória. Aliás, também Rami fica na mesma posição, más notícias para a defesa azul.

 

Na 2ª parte O'Neill não quis proteger o seu meio campo reagindo à troca francesa de Kanté por Coman e acabou por sofrer a reviravolta num ápice.

A França soltou-se com a entrada de Coman, Griezmann ficou com mais espaço e resolveu o jogo. Primeiro a responder com uma cabeçada espectacular a um cruzamento de Sagna, depois a aproveitar uma bela assistência de Giroud que isolou o "7" gaulês para bisar.

Como se não chegasse, a Irlanda fica reduzida a 10 por expulsão de Duffy que terminou praticamente com o sonho irlandês.

 

Fica por perceber o que se passa com estas primeiras partes francesas e a excelente imagem da República da Irlanda na hora do adeus.

 

Melhor em Campo: Antoine Griezmann

 

22
Jun16

Itália 0-1 Irlanda : a força dos adeptos!


Pedro Varela

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A Itália já estava apurada e em primeiro lugar, Conte mexeu, e muito, na equipa fazendo oito alterações. Previsível, pois há que começar a preparar o embate de gigantes contra a Espanha nos oitavos de final.

A Irlanda trocou o eixo da defesa com a entrada dos centrais Duff e Keogh, e no meio campo Martin O'Neil colocou Murphy e McClean, este último com uma excelente exibição. A vitória era o único resultado possível para continuar em prova.

 

O que assistimos hoje foi uma vitória do futebol. Não me entendam mal, não pensem que é algo contra a forma de jogar da Itália, nem poderia dizer isso do jogo de hoje, mas este crer, vontade dos Irlandeses suportado pelo incríveis adeptos compensou tudo, por isso no final foi fantástico ver aquela volta ao estádio entre choro e risos numa união perfeita.

Já para não falar daquele abraço de Buffon a Martin O'Neill e a Roy Keane logo imediatamente após o apito final. Quem é grande, grande sempre será e o guardião italiano demonstrou-o. O futebol agradece!

 

As principais oportunidades de jogo foram para a Irlanda. Melhor na primeira parte, com mais posse de bola e a atacar com maior clarividência, com lances perigosos de Hendrick, Murphy e Duffy. A Itália só perto do intervalo é que deu um ar da sua graça num bom remate de Immobile, para logo de seguida a Irlanda reclamar uma grande penalidade sob McClean. Intervalo, o nulo subsistia!

 

A segunda parte começa com um bom lance de Zaza, a Itália não estava em campo para facilitar, apesar das inúmeras alterações na equipa titular, mas a Irlanda voltou a tomar conta do jogo, embora, durante mais de 20 minutos sem grande pressão e a certa altura, parecia incapaz de marcar o golo que valia a qualificação inédita para os oitavos de final.

Até porque a Itália colocou Insigne em campo, jogador importante na ligação entre sectores, e que teve aos 77' a melhor hipótese do jogo ao atirar ao poste de Randolph.

 

A 5 minutos do fim, os adeptos Irlandeses foram do desespero à loucura em 60 segundos. Hoolahan a falhar de forma incrível o golo, grande defesa de Sirigu que substituiu Buffon, para, praticamente a seguir, Brady marcar o golo que deu a vitória e a qualificação histórica.

Agora segue-se a França nos oitavos de final, mas para já, o Euro já lhes sorri e de que forma. Bravo!

 

Homem do jogo: Robbie Brady

 

 

18
Jun16

Bélgica 3 - 0 República da Irlanda: Finalmente, Temos Bélgica!


J.G.

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Um jogo e tudo muda. Ou melhor, uma segunda parte bem conseguida e tudo muda.

A Bélgica entrou em campo pressionada e com o resto da Europa já desconfiada que ainda não ia ser desta que iam confirmar toda a sua qualidade individual num colectivo convincente.

Wilmots era o alvo preferido, justamente, da imprensa e sentiu que tinha de mudar alguma coisa. Em boa hora optou por Meunier e Carrasco para renovar a ala direita, além de chamar Dembélé para o lado de Witsel. Assim De Bruyne ganhava mais espaço de manobra e havia esperança de uma exibição melhor.

A Irlanda fiou-se na boa imagem deixada perante os suecos e apostou tudo em segurar os criativos belgas tentando tirar proveito da intranquilidade crescente e prevísivel que se iria apoderar dos diabos vermelhos. 

A primeira parte foi equilibrada e agradável de ser seguida, via-se muito mais da Bélgica mas ainda não era o suficiente para convencer.

 

O começo da 2ª parte decide o destino do jogo e é justo dizer que até podia ter começado bem para a Irlanda. Há uma falta de Alderweireld sobre Long que podia ter dado penalti para os irlandeses. 

Nada marcado e a Bélgica assumiu o jogo e , finalmente, mostrou todo o seu esplendor futebolístico.

Primeiro por Lukaku após passe de De Bruyne, um remate fora da área que originou uma inesperada festa entre jogadores e treinador. Para quem dizia que havia graves problemas, as imagens até ao fim do jogo desmentiam esses desentendimentos.

Aos 61' Meunier cruzou na perfeição para uma cabeçada à altura de Witsel que dava uma vantagem mais do que justa à Bélgica.

A equipa de O'Neill não foi capaz de responder nem mostrar argumentos para parar o futebol ofensivo belga que, agora mais motivado, parecia imparável. 

Para fechar o marcador uma jogada de contra ataque que pode ir directamente para o manual do bom futebol. Meunier ganha na direita da sua zona defensiva e lança Hazard que arranca gloriosamente pela ala direita passado por adversário e pelas costas do árbitro auxiliar por fora de campo para ir apanhar a bola à frente, progride com ela para o interior e passe no tempo perfeito para a entrada de Lukaku que não desperdiçou. Dois remates do avançado do Everton, dois golos. Festa no relvado, no banco e nas bancadas onde o ambiente foi perfeito até ao fim com os irlandeses a ajudarem mesmo na hora da derrota.

 

A Bélgica está lançada para brilhar no Euro, a Irlanda terá que dar tudo na última jornada contra uma Itália já vencedora deste grupo.

 

Melhor em Campo: Meunier

13
Jun16

Suécia 1-1 República da Irlanda : oportunidade desperdiçada pelos Irlandeses!


Pedro Varela

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Sabíamos duas coisas antes desta partida se iniciar. A primeira, há uma individualidade estratosférica e que todos falam, quase esquecendo os outros 21 em campo, falamos, obviamente, de Zlatan Ibrahimovic. O Sueco é a grande esperança dos nórdicos para os golos que se traduzem em pontos e por consequência na possibilidade de apuramento para a fase seguinte. A segunda, é a clara goleada dos Irlandeses fora de campo. A festa é total e por onde passam não dão hipóteses aos adversários. Lideram, para já, a esta caminhada particular que acontece em terras Gaulesas.

 

Fica a nota que nas nossas previsões para o 11 titular de cada Selecção, apenas falhámos no central Keogh, da República da Irlanda, que acabou por ser preterido para entrar Clark, com acção directa no jogo. Na Suécia foi o pleno!

 

Os primeiros 10 minutos são marcados por uma Suécia mais ofensiva, com o jogo a fluir pela esquerda em diversas ocasiões, Olsson e Forsberg no apoio a Ibrahimovic. Mas, durou pouco. Estranhamente, ou não,  a República da Irlanda rapidamente equilibrou o jogo, ganhando alguns cantos que colocaram em sentido a defesa Sueca, sendo que aos 16', O'Shea, tem uma perdida escandalosa.

 

A concentração de jogadores no meio campo não deu grandes hipóteses de pensamento criativo para o jogo. A Suécia ficou a perder neste particular, os Irlandeses mais rápidos e directos começaram a acentuar o ataque à baliza de Isaksson e podiam por três vezes ter chegado ao golo. Primeiro por Brady no remate muito próximo da barra, estava feito o aviso, depois Hendrick a atirar à barra com Isaksson a ver passar e finalmente Long, perto do final da primeira parte, a desperdiçar mais uma boa situação havendo algumas queixas de ter sido perturbado na sua acção ofensiva.

Pelo meio, Zlatan, muito apagado, ainda tentou intimidar a defesa Irlandesa, no entanto, a marcação a que estava sujeito resolveu o que poderia ser um problema. Problema esse que acabou por surgir para a Hamrén, treinador Sueco, que viu Lustig, lateral direito, sair do encontro por lesão, forçando a sua substituição.

 

Dificilmente podíamos pedir melhor início da segunda parte. Os primeiros 5 minutos foram fantásticos!

 

A República da Irlanda chega ao merecido golo por Hoolahan aos 47', que grande remate sem hipóteses para o guardião Sueco. A resposta foram 4 minutos de cantos, dificuldade dos centrais Irlandeses em afastar o perigo, um quase auto-golo de Clark, valeu a atenção de Randolph, e a falta de calma de Forsberg que teve tudo para empatar a partida mas não teve a calma suficiente para colocar a bola no fundo das redes dos Irlandes. O golo animou a partida e teve a capacidade para acordar a Suécia.

 

A grande diferença para a primeira parte estava, por esta altura, na irrepreensível actuação dos defesa Irlandeses que aos poucos começava a falhar. Zlatan sentiu isso com a sua melhor oportunidade a acontecer aos 59'. Falhou, nada habitual. Voltou a Suécia a procurar mais Martin Olsson na ajuda ao sector ofensivo, tal como tinha acontecido logo no início da partida. Guidetti entretanto entrava para o lugar de Berg. Respondia Martin O'Neill com a entrada de McClean para o lugar de Walters.

 

A susbtituição de Hamrén, no entanto, acabou por ser mais importante pois esteve directamente ligada ao golo do empate. Guidetti, Zlatan e Larsson a incomodar Clark que acabou por fazer um auto golo. Foram traídos os Irlandeses no sector que, no computo geral, estava muito bem. A resposta Irlandesa foi imediata com uma bomba de Hendrick.

 

O jogo estava aberto!

Assistiu-se nos últimos 15 minutos a "bola cá, bola lá", ainda houve tempo para entrar Robbie Keane e mais de 140 internacionalizações na pernas, e se essa substituição se compreende, havia por esta altura alguma dificuldade em perceber como Martin O'Neill não fechava o lado direito da sua Selecção que era uma uma passagem sem portagem para os Suecos. Alteração essa que só aconteceu a 5 minutos do fim com a saída de McCarthy!

 

O jogo não mais teve alterações no marcardor, no entanto, pelo que fez a República da Irlanda na primeira parte, pelos remates enquadrados que teve quatro contra zero da Suécia, merecia os 3 pontos. A Suécia, provavelmente, vale mais mas hoje não foi mais forte que os Irlandeses e notou-se na falta de jogadas corridas ao longo dos 90 minutos. A luta pelo previsível terceiro lugar do grupo continua em aberto, dependerá do que irão fazer estas duas Selecções contra os principais candidatos do grupo, Bélgica e Itália.

 

Homem do jogo: Wes Hoolahan

 

07
Jun16

Grupo E: República da Irlanda


Pedro Varela

  • FIFA Ranking 33
  • Grupo E
  • Treinador Martin O'Neill 
  • Primeiro jogo Suécia

 

 

 

A República da Irlanda está presente pela terceira vez em fases finais do Europeu. Estar em França, é por si só, já um feito relevante para o futebol Irlandês, se contarmos 15 europeus desde 1960.

O grupo de qualificação dos Irlandeses era complicado, tinha a Alemanha e a Polónia como, à partida, Selecções mais fortes. Mesmo vencendo em casa e empatando fora com os Germânicos, a República da Irlanda ficou em terceiro do grupo, conseguindo o apuramento no play-off diante da Bósnia.

Martin O'Neill apresenta uma esquema táctico entre um 4x4x1x1 e um 4x2x3x1, grande parte da Selecção Irlanda tem os seus jogadores a actuar em Inglaterra, daí que encontraremos uma equipa forte nos duelos físicos, que irá correr até à exaustão, forte no jogo aéreo e que, apesar de ter 6 jogadores experientes como Shay Given, O'Shea, Whelan, Walters, Hoolahan e Robbie Keane, perde alguma qualidade individual que poderá ser decisiva neste complicado grupo onde se encontram.

Fazer um terceiro lugar como em 1988 poderá, quem sabe, dar uma passagem inédita da fase de grupos.

 

Craque

John Walters

38 internacionalizações e 10 golos, foi a estrela da Selecção durante a fase da qualificação, absolutamente fundamental para que a Irlanda chegasse a França. Marcou os dois golos em casa no decisivo jogo contra a Bósnia. Muita mobilidade, agressivo e com uma capacidade física notável, tem remate fácil e jogo aéreo que poderá ser fundamental para o futebol directo que a Selecção, em certos momentos poderá apresentar.

 

Revelação

James McCarthy

35 internacionalizações e 0 golos, nascido e criado na Escócia, quando decidiu representar a Irlanda, em homenagem ao seu avô, criou algum tumulto na Escócia. Médio centro, um "box to box", considerado um dos grandes talentos da actual Selecção. Será que chegou o momento do jogador do Everton?

 

Onze Tipo

Randolph; Coleman, Keogh, O'Shea, Brady; McCarthy, Whelan; Walters, Hoolahan, Hendrick; Long.