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Parque dos Príncipes

Espaço dedicado à cobertura do Campeonato Europeu de Futebol de Selecções a decorrer em França de entre 10 de Junho e 10 de Julho

Parque dos Príncipes

Espaço dedicado à cobertura do Campeonato Europeu de Futebol de Selecções a decorrer em França de entre 10 de Junho e 10 de Julho

21
Jun16

República Checa 0 - 2 Turquia: Mor Ressuscita a Turquia


J.G.

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Uma das partes mais divertidas destes projectos é quando tentamos adivinhar o que vai acontecer na competição com base naquilo que sabemos e lemos sobre as selecções. No caso da Turquia tivemos oportunidade de destacar como possível revelação um miúdo que era um segredo mal guardado a jogar numa improvável liga escandinava. Emre Mor, encantou no Nordsjælland da Dinamarca, e podia explodira a qualquer momento neste europeu. Quis a fraca prestação da Turquia até aqui que o imperador Fatih mexesse na equipa e promovesse algumas alterações. O destaque vai para o "21" que encheu o campo com uma exibição que confirma a boa compra do Borussia de Dortmund. 

Foi Mor que fugiu pela direita e serviu na perfeição Yilmaz, o lendário avançado turco tornou-se o primeiro jogador da liga chinesa a marcar num Euro.

 

Era de esperar um jogo favorável à Republica Checa. As contas eram favoráveis à equipa de Vrba que tinha aqui a grande oportunidade de se assumir como um dos países apurados depois de só terem perdido pela margem mínima com Espanha e de terem recuperado de um 0-2 para um empate na batalha com os croatas. Notou-se a falta do lesionado Rosický mas não serve de justificação para tão grande apagão depois de uma entrada positiva na partida. Os checos não estavam à espera de uma resposta tão orgulhosa dos turcos e nunca conseguiram assumir totalmente o jogo e o favoritismo. Por falar em revelações, também tenhamos adiantado que o lateral direito Kadeřábek iria ter um papel importante e confirmou-se. Pode sonhar com voos mais altos que o Hoffenheim. Foi um dos pontos positivos desta Republica Checa que acabou por ser uma das grandes decepções do torneio ao sair de cena com a sua pior prestação de sempre em Euros!

 

Os turcos passaram de um ambiente péssimo, com os próprios adeptos a assobiarem Arda Turam, para um clima de euforia nas bancadas a empurrar a sua equipa para uma vitória que igualou o maior triunfo em Europeus, 2-0. Foi Tufan quem fez o último golo, repetindo o resultado entre estes países na fase de qualificação. 

Fica a boa imagem dos turcos no último jogo, a certeza de que nasceu uma estrela que vai dar muito que falar, Emre Mor, e fica a esperança que Portugal e a Islândia percam ou que Suécia e Republica da Irlanda não vençam, para continuar a haver Turquia em prova.

Com este resultado é caso para dizer: Will Grigg's on Fire! A Irlanda do Norte está apurada para os 1/8 de final. Finalmente, chegou emoção ao Euro de França através do fecho deste grupo D.

 

Melhor em Campo: Emre Mor

21
Jun16

Espanha 1-2 Croácia : Perišić quebra Espanha 12 anos depois!


Pedro Varela

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A Espanha já estava qualificada antes da partida diante da Croácia se iniciar e um empate entre estas duas selecções preenchia os lugares de qualificação directa, faltava perceber se esse resultado, favorável às duas equipas, iria mexer na forma como se desenrolaria a partida.

 

Vicente del Bosque não mexeu no 11 titular, o que indicaria que este encontro não era para descansar alguns dos jogadores fundamentais, tendo já em vista os oitavos de final. São já 7 jogos consecutivos que a Espanha leva(va) sem sofrer golos, 14 jogos sem perder em fases finais do Europeu. Tudo terminou hoje!

Já a Croácia fez 5 alterações, Modric, a estrela, ficou de fora por lesão, a grande novidade foi a entrada de Kalinić para o lugar de Mandžukić. Alteração esta que surtiu efeito.

 

O domínio Espanhol cedo começou a sentir-se na partida, não só na tradicional posse de bola, como nas movimentações no campo adversário, qualidade no passe e penetração a que estamos habituados. Logo aos 7', Morata inaugura o marcador, após jogada de Fàbregas que tinha recebido a bola dos pés de David Silva numa fantástica assistência. Não demorou mais de 60 segundos até que Nolito quase voltasse a mexer no marcador do jogo. O jogador espanhol a justificar completamente a opção como titular neste Europeu.

 

O primeiro aviso da Croácia chegou por Kalinić, num excelente remate a ser defendido por De Gea. E tal como no lance do golo Espanhol, a Croácia rapidamente voltou a ter uma excelente oportunidade, com o guardião espanhol a perder a bola que foi parar aos pés de Rakitić que atirou à barra após um monumental chapéu que seria um dos golos do Euro.

 

O jogo entrou depois num momento mais calmo, muita posse de bola para a Espanha, com alguns remates, muitos deles ao lado e interceptados, por David Silva e Nolito, e a Croácia numa toada de contra ataque sempre muito incisiva a procurar o empate. Que acabou por acontecer no último minuto de jogo, após uma excelente jogada de Perišić que assiste Kalinić e este bate De Gea com um toque sublime de calcanhar.

Apesar do maior domínio da Espanha, principalmente ao nível da posse de bola, a Croácia fez mais remates e justificava o empate.

 

A segunda parte começa com uma excelente oportunidade da Croácia, Pjaca com um pontapé de bicicleta a atirar ao lado. Estava dado o mote para os segundos quarenta e cinco minutos interessantes, com incerteza no resultado final, onde o primeiro lugar ainda estava em disputa e recordemos que ficar em segundo tinha como destino jogar contra a Itália nos oitavos de final.

Seguiram-se dois momentos controversos. Aos 63' a Croácia reclama grande penalidade num corte em falta de Sérgio Ramos. O árbitro não entendeu marcar. Sete minutos depois, há um encontrão pelas costas a David Silva e é assinalada a grande penalidade. O critério não foi uniforme. Ramos, no entanto, falharia a grande penalidade, num lance em que se confirma que os árbitros de baliza, por vezes, só lhes faltam uns óculos escuros e um pastor alemão, pois Subašić está 1 metro à frente da linha de golo ainda antes do remate de Sérgio Ramos.

 

Os momentos finais são para a Croácia, primeiro, Ćorluka, o jogador mais azarado deste Europeu. Depois da primeira jornada onde sangrou abundantemente num lance duro, voltou a ter problemas na cabeça e teve de ser substituído. Segundo, aos 87', a jogada do encontro, aquela que nos manuais de futebol explica como se faz uma transição rápida, Kalinić recebe a bola perto da sua área, avança com ela, contemporiza e endossa a bola na altura certa para Perišić arrancar em direcção à baliza de De Gea e marcar o golo da vitória que garantia o primeiro lugar do grupo!

 

Homem do jogo: Perišić

 

21
Jun16

Ucrânia 0-1 Polónia: Apuramento confirmado com golo solitário


RSolnado

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No jogo de despedida da Ucrânia, a Polónia procurava ultrapassar a Alemanha (tinha de ganhar por maior diferença que os alemães). Muitas mudanças de parte a parte neste duelo entre as co-organizadoras do Euro 2012. 5 nos amarelos, e 4 nos de branco, o seleccionador polaco deixou os 4 jogadores em risco de exclusão no banco.

E acusou mais as trocas a Polónia, nomeadamente com três delas no meio-campo. A equipa até entrou bem e nos primeiros 3 minutos Milik e Lewandowski espreitaram o golo, com destaque para o falhanço do capitão e avançado do Bayern de Munique. Foi uma ameaça somente, a Ucrânia tomou conta do jogo e dominou a primeira parte, criando alguns lances de perigo.

 

Zinchenko mexeu com o jogo a meio-campo, e foi dele que saiu o passe a isolar Zozulya, valeu o grande corte de Pazdan. Estavam jogados 10 minutos. Até à meia-hora, Konoplyanka e Yarmolenko também espreitaram o golo, mas sem acertar com a baliza de Fabiaski. A Polónia defendia muito, nem sempre bem, o meio-campo não funcionava. De assinalar que nesta primeira parte Milik surgiu sobre um flanco, preferencialmente o esquerdo, jogando Zielisnki nas costas do avançado. Mas nem com mais um médio a Polónia contrariou a Ucrânia até ao apito para o intervalo. Lewandowski sozinho estava muito fora do jogo e ia sofrendo faltas bem duras quando intervinha.

 

No segundo tempo veio logo um sinal de mudança: Kuba rendeu Zielinski, que passou ao lado do jogo, voltando a equipa ao esquema habitual. E o golo solitário do jogo chegaria em menos de 10 minutos e pelo homem que saiu do banco. Canto curto da Polónia, Milik a combinar e depois assistir na área onde Kuba, após belo trabalho individual, rematou para o fundo das redes

Estava feito o único golo do jogo. Kapustka podia ter aumentando a contagem logo de seguida mas falhou o alvo. Do outro lado continuaram a existir oportunidades, mas quase sempre bloqueadas pelos defensores ou com os atacantes a rematarem para fora. Konoplyanka foi sempre o jogador mais activo mas raramente acertou com o alvo.

 

O jogo não iria mexer muito mais, nota ainda para uma boa defesa de Fabianski a remate de Rotan. Com 2 golos marcados, 0 sofridos e 7 pontos, a Polónia qualificou-se para os oitavos de final, ainda assim em segundo lugar, já que a Alemanha teve mais um golo marcado. A Ucrânia sai de cena com 3 jogos, 3 derrotas, 0 golos marcados e 4 sofridos, 3 deles na sequência de bolas paradas defensivas. Se calhar é por aqui que podem começar a fazer o trabalho de casa, em vez de estarem a fazer turismo nas fases finais das grandes competições.

 

Homem do jogo: Kuba

21
Jun16

Alemanha 1 - 0 Irlanda do Norte: Alemanha a Cumprir, Norte Irlandeses a Sonhar...


J.G.

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Na verdade a Alemanha cumpriu o seu primeiro objectivo neste Euro, venceu o grupo e passa em primeiro lugar. Mas esperava-se muito mais dos campeões do mundo depois do empate a zero com a Polónia. O treinador Low mexeu na equipa dando oportunidade a Kimmich e Gomez de jogarem de inicio mostrando que ia apostar em mais opções atacantes. 

O jogo não teve grande história nem deixa saudades, ataque de sentido único em direcção à baliza de McGovern, resistência verde e insistência branca.

Ficam para o resumo do jogo os vários falhanços dos alemães, neste capítulo Müller leva uma seca preocupante para Löw, e exibições menos conseguidas de homens como Götze. 

Um golo aos 29', combinação de Müller com Gomez que este aproveitou, foi o momento que decidiu o jogo. 

Nem a Alemanha mostrou um futebol entusiasmante, nem os seus jogadores pareceram muito preocupados em dilatar a vantagem no jogo e na classificação do grupo onde acabam com os mesmo pontos que a Polónia mas com mais um golo. 

Pouco para uma selecção que é candidata ao título europeu. Fica a dúvida se a máquina germânica está só a cumprir serviços mínimos à espera dos grandes momentos dos jogos a eliminar ou se há mesmo falta de solução para golos com os seus avançados a hibernarem na hora da eficácia. Cumpriram mas ainda não assustaram ninguém, veremos como estão nos 1/8 de final.

 

Da parte da Irlanda do Norte, só podemos elogiar o esforço, a dedicação, a entrega e a resistência destes estreantes em Europeus. Foi um óptimo resultado para um país com pouco menos de 2 milhões de habitantes perante a toda poderosa Alemanha. Elogios que se estendem às bancadas onde os adeptos verdes confirmaram ser os melhores deste torneio. Criam uma banda sonora permanente à volta do jogo, festejam a conquista de cantos como se de golos se tratasse, estão a viver cada minuto deste campeonato com uma alegria de fazer inveja e contagiante.

Ficam à espera de saber se continuam em prova e fica por explicar porque O'Neill teima em não lançar Will Grigg para os jogos. Ou é para aumentar a lenda ou está a guardá-lo para os 1/8 de final. Esperemos que seja a segunda hipótese.

 

Melhor Em Campo: McGovern